Tempo de espera por emprego diminui no Brasil: Pnad contínua 2024
Uma nova análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo IBGE, revelou uma queda superior a 10% no tempo de espera e procura por emprego no segundo trimestre de 2024. Este fenômeno foi observado em todas as regiões do país.
No período em questão, o grupo de pessoas que buscavam emprego por menos de um mês teve uma redução de 10,2%. Aqueles que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano apresentaram uma diminuição de 11,0%. O grupo que buscava emprego por um a dois anos registrou um recuo de 15,2%, enquanto a faixa de maior tempo de procura (dois anos ou mais) teve a maior redução percentual: 17,3%.
Queda na Desocupação: Um Olhar Sobre 2024
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, destacou o impacto positivo do crescimento da ocupação. “O aumento da demanda por trabalhadores em várias atividades, como comércio e serviços, tem contribuído para a redução do tempo de procura por emprego”, afirmou.
Os resultados foram divulgados na última quinta-feira, 15 de julho de 2024. Essa mesma Pnad-C já havia indicado que a taxa de desocupação no segundo trimestre de 2024 caiu para 6,9%, o menor valor para um segundo trimestre desde 2014. Essa queda foi acompanhada por 15 das 27 unidades da federação.
Como está o Rendimento Médio da População Ocupada?
O rendimento médio da população ocupada apresentou crescimento no segundo trimestre de 2024. Comparando com o trimestre anterior, houve aumento nas regiões Sul (R$ 3.528) e Nordeste (R$ 2.238), enquanto as demais regiões apresentaram estabilidade.
Em relação ao mesmo período de 2023, o rendimento médio cresceu nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste (R$ 3.627), com estabilidade no Norte (R$ 2.508) e Centro-Oeste (R$ 3.641). A massa de rendimento médio real também cresceu, totalizando R$ 322,6 bilhões, comparado a R$ 311,8 bilhões do trimestre anterior.
Quais Regiões Registraram Maiores Quedas na Desocupação?
A queda na taxa de desocupação foi observada em diferentes regiões, com Piauí e Bahia destacando-se com uma redução superior a dois pontos percentuais. Nas regiões onde a queda não foi estatísticamente significativa, o cenário foi de estabilidade, com leve recuo.
As maiores taxas de desocupação foram registradas em Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%). Por outro lado, as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%).
Qual é a Situação da Informalidade no Brasil?
No segundo trimestre de 2024, a taxa de informalidade no Brasil foi de 38,6%. As maiores taxas foram observadas em Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%), enquanto as menores taxas estiveram em Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%).
A taxa de informalidade leva em consideração empregados no setor privado e doméstico sem carteira assinada, além de empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ, e trabalhadores familiares auxiliares.
Desafios e Perspectivas
A pesquisa Pnad Contínua é uma ferramenta essencial para entender o mercado de trabalho brasileiro. Realizada trimestralmente, a pesquisa visita mais de 211 mil domicílios, abrangendo cerca de 3.500 municípios nas 27 unidades da federação.
Com a retomada das coletas presenciais em julho de 2021, após um período de coletas por telefone devido à pandemia de COVID-19, o IBGE continua a fornecer dados precisos que refletem as mudanças e tendências no mercado de trabalho do país.
A próxima divulgação dos dados da Pnad Contínua Trimestral, referente ao terceiro trimestre de 2024, está programada para 22 de novembro de 2024. Para mais informações, acesse o site do IBGE ou entre em contato com a Central de Atendimento.